domingo, 25 de maio de 2008

Kuerten, dernière samba à Paris

Em fevereiro de 1997, fui a Ribeirão Preto assistir Brasil-Estados Unidos pela Copa Davis. Sequer imaginava que Guga viraria o monstro que surpreendeu o mundo do Tênis, meses depois. A equipe americana era composta por Jim Courier e MaliVai Washington (aprendi com o pessoal da ESPN que se pronuncia Malavia). Courier, em decadência, mas com dois troféus de Roland Garros na estante de casa. Perdemos 1-4, todo mundo quase derreteu sob aquele sol absurdo, mas ficou minha simpatia por todo aquele circo.
Ainda em 97, trabalhando numa emissora de rádio, gravava áudio das transmissões do excelente Marco Antonio Rodrigues e colocava no ar os gemidos do Guga, os aplausos do público e o indefectível som do contato da bolinha amarela com a raquete. Ninguém entendia nada, mas eu me divertia com aquilo.
A ESPN só começou a transmitir os jogos do Guga quando ele passou para as quartas, acho. Não havia essa fartura de sinais de satélite e o jogo que era transmitido para os EUA era o mesmo que chegava aqui pra gente.
E o minino de Floripa chegou à final e quem transmitiu ao vivo foi a extinta Tv Manchete, com o lendário Rui Viotti. Venceu três campeões do torneio: Michael Chang, Yevgueni Kafelnikov e, na final, Sergi Bruguera.
Um mês depois, fui convidado a editar a seção de “Esportes” do jornal Tribuna Impressa, em Araraquara. Que dureza convencer o pessoal que Tênis era um esporte bacana e que deveria receber tratamento especial naquele momento devido ao surgimento de Guga. Apertei, espremi e até me chateei, mas consegui colocar o Guga na página colorida do jornal. Bem, eu fiz o que pude, né...
Acompanho Guga desde então. Fui à sua cidade natal para vê-lo contra os franceses também pela Davis, torci muito nos outros dois troféus de RG e no Masters de Portugal.
Desnecessário dizer que virei fã de Tênis por causa de Guga.
Agora, ele faz o tal JOGO DA DESPEDIDA. Sabemos que ele já se despediu MESMO há uns quatro anos. Sua saúde não acompanhou o ritmo frenético de jogos, viagens e treinos. Quem viu, viu...
(Kuerten, dernière samba à Paris (O último Samba em Paris, né), manchete do Yahoo França).

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