Tuca, eu, Nassifão e mais alguém que não lembro fomos a São Paulo. Na lida de estudantes de Comunicação e de curiosos que éramos (e somos), conseguimos uma visita à rádio Jovem Pan. Dia de F-1 pela manhã e do clássico São Paulo-Palmeiras pela tarde. Fomos pra lá ver como funcionava a grande escola de rádio esportivo de então.
Abasteci o Fuscão verde e saí cedinho daqui, com destino a Bauru pra buscar o Nassifão. De lá, seguimos via Rondon até Botucatu para colher o Tuca à beira da estrada, no Posto da Polícia Rodoviária. Antes, logo na saída de Bauru, o rádio informava que Ayrton Senna não fez a curva Tamburello. Algo no carro se quebrou e ele se esborrachara no muro. Não se mexia, não reagia e não despertava muito otimismo para quem via pela TV.
Conforme avançávamos nos quilômetros, aumentava a ansiedade e a expectativa. As informações desencontradas pioravam a situação. Já com Tuca incorporado ao time, as voltas do GP se sucediam e o pior já era imaginado por todos ali. Senna morreu ou morreria em questão de horas. Perda de massa encefálica, coisa que não se recupera nunca mais.
Chegando à Capital, direto pra Pan onde o Muzamba nos recebe. Milton Neves dando chiliques, Cláudio Carsughi entrevistando a enfermeira do Hospital para onde Senna havia sido transportado e Flávio Gomes, que estava por lá, esperava pelo anúncio oficial. Informe que veio em primeira mão pelo Carsughi, que traduziu laconicamente as palavras da enfermeira: “Senna está morto”.
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