Quando se fala em futebol argentino, algumas imagens vêm rapidinho à cabeça: valentia com doses de violência, jogadores que não desistem nunca, boa técnica, pressão da torcida com incessantes cânticos de apoio, arbitragem sob pressão e treinadores dando chiliques a cada lance duvidoso.
Pois Vélez 2-2 Racing teve tudo isso. Alguns chamam de barbárie, mas eu apenas considero “futebol a full”. A multidão que esteve hoje no José Amalfitani, em Buenos Aires, ou os milhões que presenciaram os relatos do Vignolo e do Varsky pela tv, presenciaram um grande evento futebolístico.
Quando Chapa Zapata igualou o placar aos 42’ do segundo tempo todo mundo achou que bastava. Mas não, o ex-jogador do Vélez, Lucas Castroman, colocou uma bola na trave após uma seqüência belíssima de dribles e infiltração na área. Eram 49’ e ainda cabia um contra golpe furioso, mas pessimamente aproveitado por Velázquez que desperciçou chance de ouro.
A grande atuação defensiva do Racing no primeiro tempo acabou por lhe custar o placar no final dos 90 minutos. O cansaço obrigou Franco Sosa a cometer faltas na entrada de sua área. Duas delas geraram os dois gols do Fortín.
Bem, fizeram o que deles se esperava. O Racing liderou o placar no 2-0, mas não resistiu à pressão contundente e sufocante da equipe de Ricardo Gareca. 2-2 jogando com dez atletas quando o relógio indicava 39’ da etapa final.
O que é Franco Zuculini ?
Moleque fantástico, campeão sub-20 e medalhista de ouro, que deve ter uns cinco pulmões. Criado nas inferiores do Racing, ele tem grande identificação com o clube. Diz que seu ídolo é Javier Mascherano, com quem, aliás, deve jogar em breve.
Difícil segurar um talento desse em casa.
Valeu o sabadão!
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