Pois é... o assunto continua rendendo. A TVE (emissora estatal sediada em Madri) demitiu Julián Reyes, diretor da transmissão da partida de ontem, porque durante a execução do dito cujo, ele optou por chamar os repórteres de Bilbao e Barcelona.
A vaia comia solta e ele não quis mostrar isso para todo o país.
Aí a macarronada ficou mais indigesta: resolveram colocar o hino no intervalo, junto com um pedido de desculpas atribuído a falha humana.
Na transmissão da TV eu não ouvi as vaias, mas no sinal da Rádio Nacional de España as vaias superaram o áudio da música. E o locutor ainda deu lição de moral: “Aqui respeitamos a verdade. Se estão vaiando, vamos transmitir a vaia”.
Para o diário El País, referência em jornalismo por lá, houve censura, já que o hino foi transmitido no meio-tempo, sem as vaias e com imagens restritas a torcedores respeitosos.
Parece exagero ficar falando deste detalhe “menos importante” da festa de ontem.
Mas o que quero mostrar é que a Espanha é profundamente cindida e que o poder central de Madri tem imensas dificuldades em lidar com isto. Os meios de Comunicação se esforçam para mostrar um país uno, mas isso definitivamente não ocorre por lá.Ouça o pessoal da Cadena SER:
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