O assunto "tiki-tiki vs fútbol de verdad" ainda não esgotou.
Pelo menos eu ainda não estou satisfeito...
Tiki-tiki é o estilo de jogo oferecido pelo recém coroado (!!!) vice-campeão argentino, o Huracán. No mesmo picadeiro, jogando o "fútbol de verdad", o Vélez venceu o torneio Clausura jogando o futebol pragmático e objetivo.
Pois nesta terça-feira, 07.07, completaram-se 35 anos do título da Alemanha (ex-Ocidental) na sua Copa do Mundo, em 1974.
Falo sobre o tiki-tiki porque à época, a seleção que mais tocava a bola e "encantava" crítica e público era o time da Holanda, chamado então de "Laranja Mecânica", devido à cor de sua camisa - homenagem à dinastia Orange (os antigos reis dos Países Baixos) e também ao pesadíssimo filme de Stanley Kubrick que impressionava os cinéfilos da época.
Bom, eu quero dizer que eram para Cruyff e seus comandados todos os elogios e expectativas.
A Alemanha representava o pragmatismo e o futebol de resultados.
Futebol de resultados inclui realizações impensáveis do ponto de vista ético (ou pelo menos da ética como a gente conhece aqui no Brasil).
A incrível derrota da Alemanha Ocidental para os seus gêmeos Orientais na primeira fase em Hamburgo, por exemplo, até hoje é citada como exemplo de "inteligência em se projetar os confrontos da fase seguinte".
Esta derrota abriu o caminho dos futuros campeões uma vez que seus adversários eram Polônia, Suécia e Iugoslávia.
Aos holandeses coube dançar com as mais feias: Brasil, Argentina e como refresco, Alemanha Oriental.
Na grande final, o tiki-tiki holandês começou alegre e fagueiro - Johan Neeskens abriu a conta logo aos 2', mas foi suplantado pela carranca e pelos dotes menos bailarinos da alemazada.
2-1 de virada num transbordante estádio Olímpico de Munique, gols dos hoje lendários Paul Bretner e Gerd Müller.
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